Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, conhecida por Cora Coralina, nasceu em 1889 no Estado de Goias.
Começou a fazer doces para vender para sustentar seus seis filhos após a morte de seu esposo.
Aos 14 anos de idade começou a escrever poemas e contos e cursou até a terceira série primária.
Em 1922, Cora recebe o convite de Monteiro Lobato à participar da Semana de Arte Moderna, mas seu marido a proíbe. Públicou seu primeiro livro aos 75 anos, ficou reconhecida aos 90 anos quando Carlos Drummond de Andrade tomou conhecimento de suas obras.
Nos últimos anos de vida, Cora participou de homenagens, conferências e programas de televisão sem perder sua simplicidade.
Faleceu em Goiania em 10 de maio de 1985.
"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes pode ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa do outro mundo, é o que da sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira pura enquanto durar.
Feliz é aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina
Cora é um exemplo de mulher guerreira que não desistiu de seus sonhos e que o tempo talvez, tenha sido o seu maior aliado. Sua vida afetiva conturbada, sua perceverança, sua força fez com que a tornasse a mulher realizada que se tornou aos 75 anos de idade quando públicou seu primeiro livro já que escrevia seus contos e poemas desde os catorze anos.
A história de vida de Cora é um estimulo para acreditar que nunca é tarde para conquistar o que se realmente quer. Mesmo que haja momentos em que parece tudo estar perdido.
Penso que hoje, em 2012 não precisamos nos sujeitar a deixar de fazer algo porque alguém nos impeça, mas sim trabalhar, lutar e correr atrás do que se deseja.
Renascer