terça-feira, 13 de maio de 2014

Janela da alma

Envolta por sua própria alma ela caminha até a janela, observa a Lua e as estrelas. O  céu está encoberto, más é possível visualizar o brilho  mesmo que ofuscadas pelas nuvens negras  no céu.
A tensão rodeia a esperança, e o sentimento de gratidão lhe é evidente diante da grandeza de estar e fazer parte do Universo que transpõe toda sua energia fazendo com que ela reaja e perceba a imensidão de  chances e oportunidades de encontrar-se.
O olhar perdido nas estrelas fixamente a um ponto específico em que a faz ter pensamentos lineares e confiantes, acreditando em um breve amanhecer com raios de Sol, iluminando sua alma, transformando, renovando toda energia ao seu redor.
Ela está na janela envolta de sua própria alma.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Tempo Transforma

Em um casulo,
casualmente me escondi, perdi o caminho que me conduzia
ao centro do ponto de equilíbrio,
Da minha essência.
Tudo que transparece refletindo multicores intrinsecamente
tornou-se cinza.
A alma procura seu próprio caminho,
Um caminho do bem e do mal.
Do sim e do não.
Razão e emoção.
O tempo transforma, mostra, ensina.
Viver intensamente, valorizando e
respeitando a cada minuto de
inspirar e respirar de
sentir e estar.
Em pílulas as cores voltam a surgir e a iluminar.
E até a cor cinza volta a ter seu tom, seu brilho.
Diante
da magia do Universo que envolve uma vida.
Até os sabores tornam-se mais presentes.
Os sentidos voltam a ser aguçados pelo mistério
de simplesmente Ser e Estar!


Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

                                                                                 Paulo Leminski